Eu Carlos Peixoto de Freitas, nascido
em 02/07/1957, CPF-252.300.266-34, declaro para quem possa interessar que todas
as INFORMAÇÕES contidas neste presente documento são verdadeiras.
Quando ainda em alguns anos antes
de meu nascimento meu Pai, Geraldo Peixoto De Freitas, deu início em atividades
apícolas no bairro dos funcionários em Acesita, Timóteo.
Este fato só foi possível (criar
abelhas em centro urbano) porque as abelhas eram mansas, abelhas da raça pura
italiana, não eram agressivas como as africanizadas de hoje, mas mesmo assim meu
pai como tinha planos para crescimento na atividade, resolveu buscar uma outra
área agora rural, onde ele poderia expandir as colmeias e seguir em frente.
Nesta data eu já tinha 3 anos de idade, quando nos mudamos para uma localidade
na época considerada zona rural cujo nome era Pomar Querubino. Eu fui crescendo
em meio estas atividades apícolas.
Daí o tempo seguiu e lá já estava
eu com meus 13 anos de idade, mas na verdade, desde os meus 9 anos eu já fazia
alguma coisa, pregava quadros, colocava arame, limpava cera e etc. Ajudava na medida do possível dentro
da capacidade de uma criança com 9 anos, mas voltemos aos 13 anos. Lá pelos
anos de 1970 foi quando que eu consegui comprar minha primeira motocicleta com
dinheiro de venda de mel, na qual a fotografia - 1 mostra além da
motocicleta eu e meus sobrinhos, e ao fundo material apícola, revelando assim
uma prova que ali tem atividade apícola naquele momento. Material todo
fabricado por nós família. Na fotografia 1A eu na centrifuga aparando o balde
de mel.
Foto -1 – Moto e material apícola
Foto-1A – Centrífuga com mel
Por obra do destino meu pai
formou um outro núcleo familiar, momento em que eu e minha Mãe, Agostinha Coelho
de Freitas, tomamos as rédeas da atividade de trabalho com as abelhas, pela
questão máxima de buscar renda familiar.
Como na fotografia 2, já mostra
eu e minha Mãe assim como também meu Amigo de infância Nilson de Oliveira e
Silva, isto já pelo ano de 1974, participando do Terceiro Congresso Brasileiro
de Apicultura ocorrido na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz “, na
cidade de Piracicaba, Estado de São Paulo, de 5 a 7 de setembro de 1974.
Na fotografia, segunda fila, da
esquerda para direita, Eu camisa xadrez, Minha Mãe ao meu lado esquerdo e logo
após meu Amigo Nilson.
Foto – 2 - 3º Congresso
Brasileiro de Apicultura
Buscávamos novas técnicas de
manejo e novidades em equipamentos na área de apicultura, isto era muito
importante pois estávamos sofrendo com a introdução das abelhas africanas no
Brasil e toda a classe dos apicultores no Brasil ficou desorientada pois era
uma nova realidade na qual necessitava urgente evolução em tudo, as abelhas
africanas produziam transtornos e alto risco de provocar até mesmo morte de
pessoas e animais.
Enfim aprendendo técnicas de
trocas de rainhas africanas por rainhas italianas fecundadas, assim como também
conhecendo o novo fumigador FC Brasil, no qual foi projetado exclusivamente
para enfrentar as abelhas africanas e muitas outras novidades apícolas.
O tempo foi passando, e em 08-10-
1975 tentei trabalhar na indústria, trabalhando na Acesita, mas não abandonando
a atividade apícola, aproveitando as horas vagas e mantendo o plantel. Fui levado a isto devido as dificuldades que a
atividade na apicultura promove. Colheita definida em 6 meses corridos e entressafra
de 6 meses corridos, este fato leva o apicultor em uma dificuldade
administrativa financeira muito significativa, pois é obrigado a sobreviver 6
meses de entressafra sem renda alguma e ainda com gastos de manutenção das
abelhas e materiais. Mas minha vocação rural gritou mais forte, que acabei
pedindo demissão, não juntando tempo de nem 2 anos na Acesita.
Após sair da Acesita voltei a me
dedicar plenamente ás Abelhas, aumentando o plantel e buscando alta produção.
Em 1978 comprei minha segunda motocicleta, conforme a fotografia 3, também me
oferta mais uma oportunidade de comprovação da atividade apícola mostrando
ao fundo o apiário sob as árvores, lá no pomar Querubino onde eu fui crescendo ...
Foto – 3 Moto e Apiário
O tempo foi passando e eu sempre
na apicultura, buscando produção e novas áreas para montagem de novos apiários.
Nesta altura, já me tornei
arrendatário da Acesita e tinha apiários nas áreas de plantação de eucalipto.
Fato este onde me foi possível o registro como produtor rural, possibilitando a
emissão de notas fiscais, pois para registro com produtor rural, tinha que ser
proprietário de terras ou tinha que ser arrendatário.
Em 1982, conforme fotografia 4 me
oferta também como mais uma prova da atividade, me associei a APIMIG
(Associação dos apicultores do Estado de Minas Gerais, onde tive também grande
oportunidade de desenvolvimento de técnicas e trocas e experiências sobre
apicultura.
Foto – 4 - Certificado
O tempo foi passando e eu agora
por volta de 1986 já com planos para me casar, fato ocorrido, fui novamente
ofertando como mais uma prova de minha atividade rural apícola a informação de
minha profissão “Apicultor “ na minha certidão de casamento.
A partir daí o tempo foi passando
e eu agora como casado e pai buscava sempre melhorar a renda e estabilidade
financeira, e tive até que buscar atividade urbana como complementação de renda,
sem nunca abandonar a atividade rural apícola.
No decorrer do tempo também me
tornei cooperado da Cooperativa apícola do Estado do RIO de Janeiro (COOAPIRIO),
também comprei uma reserva de mata nativa onde até hoje mantenho a atividade
apícola.
Juntei toda documentação contemporânea
probatória possível sobre minha atividade Rural apícola desde criança, notas de
produtor rural, ITR, INCRA, cartão de produtor, certificados e fotografias, pleiteando
benefício por Idade rural.
Apenas mais uma citação para
destacar como mais um detalhe, foi a rua com o Nome apelido do meu Pai “GERALDO
ABELHA”, na localidade onde montamos nosso primeiro apiário na época área Rural
ano 1960 e hoje já virou cidade ano 2018. Segue link para verificação.
Fotos minhas trabalhando:
Foto – 5 - Indo para o Apiário
Foto – 6 – No Apiário
Foto – 7 - Colmeia
Foto – 8 – Mel no favo
Foto – 9 – Preparando fumaça
Foto – 10 - Revisão
de material apícola
Foto - 11- Confeccionando quadros
Foto – 12 – Pintando caixas para
colmeias
Foto 13 – Mel no pote
Hoje, já com 60 anos ainda na
atividade com muita alegria e orgulho por ter produzido toneladas de mel,
gerando impostos, me destacando como um produtor rural altamente produtivo e de
referência, num país onde ser produtor rural não é fácil.
Foto 14 – Resultado do trabalho.
Um abraço a todos,
ATT
Carlos Peixoto de Freitas
Nenhum comentário:
Postar um comentário